quinta-feira, 29 de julho de 2010

Big News





::: no Blog Aparelho de Estado, por Tomás Vasques

Abortou mais um golpe de Estado


O que se passou à volta do processo Freeport durante estes últimos seis anos é um filme perverso, com muitos protagonistas e várias cenas hardcore.
A investigação ao licenciamento de um empreendimento comercial, em Alcochete - o caso Freeport -, em 2001, manteve um primeiro-ministro debaixo de fogo cerrado durante seis anos.

Passados estes largos anos de investigação, onde se desenvolveram múltiplas perícias urbanísticas, ambientais e financeiras, executadas por peritos da Polícia Judiciária, e "analisada exaustiva e rigorosamente a prova carreada para os autos", o Ministério Público concluiu que não existiu qualquer acto ilícito no licenciamento do Freeport, nem qualquer crime de "corrupção activa e passiva, tráfico de influência, branqueamento de capitais e financiamento ilegal de partidos políticos".

É à luz do que agora foi concluído pelo Ministério Público que se deve fazer um exercício indispensável, a bem da saúde democrática do regime: projectar o "filme" ao contrário, de trás para a frente. Percorrer, um a um, todos os textos de opinião, em jornais, revistas e blogues; revisitar os Jornais de Sexta-feira, de Manuela Moura Guedes; desenterrar o defunto "Independente" durante a campanha eleitoral de 2005; até chegarmos à origem do processo: a denúncia "anónima" feita por gente ligada a partidos políticos.

O que se passou à volta do processo Freeport durante estes últimos seis anos é um filme perverso, com muitos protagonistas e várias cenas hardcore, tendo o enredo um chão comum: a incúria, a perfídia, a maledicência e, sobretudo, uma visão policial de fazer política. Não pode, por isso, ser varrido para debaixo do tapete.



::: no Diário Económico



A PT fechou um negócio que se arrastava desde Maio e que agrada a accionistas e ao Governo. A empresa embolsa 7,5 mil milhões com a venda da Vivo e investe metade do dinheiro para entrar na Oi.


"A Vivo passou a ser o nosso passado e a Oi é o futuro". Zeinal Bava, presidente executivo da Portugal Telecom (PT), não disfarçou a nostalgia com a venda da operadora que foi, durante 12 anos, a menina dos olhos de ouro da PT. A Telefónica, por 7,5 mil milhões de euros, arrematou o que foi o fruto do casamento de conveniência das duas operadoras no Brasil.

Ao mesmo tempo, a PT começou a preparar-se para a sua nova realidade no mercado brasileiro: a parceria acordada com a Oi - com a tomada de 22,4% do capital, investindo até 3,7 mil milhões de euros - prevê investimentos, mas também dará nova escala à operadora.

Uma parceria concretizada com a benção do Governo, quer português, quer brasileiro. Apesar da entrada de um investidor estrangeiro, Lula da Silva, presidente brasileiro, garantiu que "a Oi vai continuar brasileira da silva". "Enquanto eu for presidente, a empresa vai continuar nacional, porque foi para isso que ela foi criada", frisou.

Apesar de Lula da Silva ter garantido que "o Brasil não pode e nem poderia ter nenhuma influência nas negociações entre a Telefónica de Espanha e a Portugal Telecom", as boas relações entre o presidente brasileiro e o primeiro-ministro José Sócrates terão criado o "contexto favorável a esta aliança estratégica", frisou Henrique Granadeiro, ‘chairman' da PT. José Sócrates, de resto, classificou o negócio como "excelente", considerando que "valeu a pena" usar a ‘golden share' para vetar a venda da Vivo por 7,15 mil milhões de euros.

O primeiro-ministro tinha sido duramente criticado pela decisão de usar as acções especiais, mas a decisão compensou, sobretudo os accionistas: três semanas depois, o valor oferecido pela empresa brasileira aumentou em 350 milhões de euros, para 7,5 mil milhões.


::: no Diário de Notícias

'Golden share', certa ou errada?
por Ferreira Fernandes

::: no Blog Câmara Corporativa: Do bom uso da 'golden share': "Venda da Vivo e entrada na Oi podem adicionar 3,8 euros ao 'target' da PTAnalistas sobem 'target' da PT com compra da Oi e venda da VivoMood..."

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