domingo, 27 de outubro de 2013

Limite / Maria Teresa Horta


Porque se impede
o excesso
e se pede o limite?

Se destrói no corpo
o voo, o motim, o anelo
a alquimia alada?
...

E se isso apaga o fogo, a paixão
a liberdade, o poema
o dilema, a chama que salva?

E sem piedade rasga
a diferença, a lembrança
a presença da asa

Deixando expostas e vulneráveis
a pureza, a beleza
a nudez da palavra

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