domingo, 4 de agosto de 2013

Leituras

 
 

• Teresa de Sousa, Era glorioso enriquecer [hoje no Público]:
    ‘Mesmo que as generalizações sejam sempre injustas, de cada vez que se levanta uma pedra do BPN sai de lá alguém do PSD. Hoje, os comentadores chamam-lhe um "lixo tóxico": quem lhe tocou está irremediavelmente contaminado. Mas, apesar de tudo, não afecta toda a gente da mesma maneira. Uns, como o Presidente da República, limitaram-se¹ a encontrar uma forma fácil e rápida de ganhar dinheiro. Outros ocuparam lugares bem pagos e sem grandes responsabilidades, genuinamente convencidos que um "banco do PSD" seria uma instituição normal. (…)’
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¹ Está conforme o artigo original.


 
 
 
 

Todas as sondagens estão a dizer que o PS não obteria maioria absoluta caso fosse a eleições nesta altura. Este é o principal – e, num certo sentido, o único – ponto relevante destas informações. Porque se o eleitorado não está disposto a dar a maioria ao PS, então é melhor que não haja eleições; pois teríamos uma situação de fatal ingovernabilidade ou iríamos para uma solução híbrida onde o PSD continuaria no Governo e não se imagina como.
 
Todas as sondagens estão a dizer que um Governo que implodiu duas vezes de seguida em dois dias seguidos, e que depois foi desautorizado e achincalhado pelo Presidente da República, um Governo cujo ex-ministro das Finanças assumiu por escrito ter falhado a política e ser dirigido por um político falhado, um Governo cujo vice-primeiro-ministro é uma anedota nacional, um Governo cuja ministra das Finanças mente no Parlamento, um Governo cujo ministro do Negócios Estrangeiros é um escroque, um Governo cujo secretário de Estado do Tesouro até venderia droga desde que ela lhe chegasse às mãos em envelopes do Citigroup, um Governo cujo secretário de Estado adjunto do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional é um notável caluniador, um Governo que nasceu da maior fraude eleitoralista que se conhece, um Governo que despreza os portugueses e representa o Norte da Europa, não tem na oposição uma alternativa.

Todas as sondagens estão a dizer que Seguro é um desastre, tão mau para o País como para o próprio partido. Mesmo que chegue a primeiro-ministro, nada apaga o seu percurso feito num registo passivo-agressivo, sonso e narcisista. Porém, até essas características poderiam ser secundárias, houvesse alguma ideia que mobilizasse uma comunidade apavorada. Não há.

Resta só a travessia do deserto para os que dizem o que todas as sondagens dizem.



Publicado por Val / Blog Aspirina B

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