segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Leituras




Somos Churchillianos e, por isso, somos livres




Começa amanhã ao jantar, em Londres, o programa Churchill 2015, dedicado às comemorações dos 50 anos da sua morte, a 24 de Janeiro de 1965.
Poderá legitimamente ser dito que 4 de Novembro de 2014 é uma data precoce relativamente a 24 de Janeiro de 2015. Mas podem existir razões imprevistas.
Uma razão decisiva pode residir no facto de as comemorações de 2015 serem totalmente isentas de dinheiro dos contribuintes. Este primeiro jantar de 4 de Novembro destina-se basicamente a recolher fundos para as comemorações do ano vindouro. Cada lugar custa 500 libras, embora os (mais antigos) aliados portugueses tenham direito a 50% de desconto — devido ao custo da deslocação a Londres e à boa reputação da Churchill Society of Portugal.
Um dos oradores no jantar de amanhã será Boris Johnson, o Mayor de Londres, que nessa mesma tarde lança o seu último livro, The Churchill Factor: How one man made history (Hodder & Stoughton, 408 pags., 25 £).
É um livro interessante, embora, para meu gosto e minha avançada idade, demasiado cansativo. O ritmo é quase frenético, a linguagem demasiado popular, frequentemente vulgar, e o argumento faz cedências eleitoralistas à actual atmosfera politicamente correcta. Apesar disso, trata-se de uma homenagem tocante, por vezes comovente, ao velho Winston Churchill.
O grande desafio de Boris Johnson é o de tentar decifrar o que representa Churchill — não só para os britânicos, mas para o mundo inteiro. Esta é a pergunta com que todos os anos termino a minha cadeira de mestrado e doutoramento sobre “A Tradição da Liberdade” (que acaba com uma sessão sobre Churchill). Todos os anos há respostas interessantes, por vezes inesperadas. Mas, este ano, há poucas semanas, um doutorando de um país africano deu uma resposta francamente original.
“Churchill queria evitar a revolução — nazi ou comunista”, disse ele, assim mesmo, sem mais explicações. Após alguns minutos de profundo silêncio em toda a sala, ripostei: “O mesmo não poderia ser dito sobre o doutor Salazar?” Após novos minutos de silêncio total, veio a resposta: “Talvez. Mas Churchill evitou a revolução por causa da liberdade e Salazar não conseguiu evitá-la, por causa da falta de liberdade.”
Proponho que reflictamos sobre estas sábias palavras do nosso amigo africano. Talvez elas possam trazer sobre todos nós uma atmosfera de tranquilidade, de equilíbrio e de moderação. Sim, cada um de nós tem seguramente causas urgentes de reforma ou de conservação social. Mas, frequentemente, elas chocam. Se quisermos promovê-las uniformemente a toda a sociedade, vamos ofender muita gente que discorda de nós. E eles poderão amanhã fazer o mesmo contra nós — é a ideia de revolução e de contra-revolução que está aqui subjacente.
Há contudo uma alternativa. Em vez de reclamar o poder do Estado para impôr a todos as causas de alguns, podemos todos reclamar a igual protecção da lei e do Parlamento para o livre e pacífico usufruto de cada causa — por parte daqueles que a subscrevem.
Talvez seja esta uma das mensagens de Winston Churchill e do que ele representa: a liberdade ordeira sob a lei, a mais robusta trincheira contra a revolução. Talvez seja por isso que as comemorações de 2015 não receberão dinheiro do Estado britânico — embora Churchill tenha sido “eleito” o britânico mais importante de todos os tempos.
Talvez seja também por isso que a casa de Churchill em Chartwell seja mantida pelos bilhetes pagos pelos mais de 200 mil visitantes anuais. Talvez seja também por isso que os tocantes “Cabinet War Rooms”, em Westminster, sejam também mantidos pelos mais de 500 mil visitantes anuais — tudo isto sem um cêntimo dos contribuintes, e sem interferências doutrinárias dos governos de plantão.

Em contrapartida, lembra Boris Johnson na página 338 do seu último livro, um video do Ministério da Educação britânico, emitido em 1995, sobre a vitória na II Guerra mundial, concedeu a Churchill 14 segundos, num programa de 35 minutos. O velho leão foi considerado pelo Ministério como demasiado conservador para os gostos da época, os gostos da tristemente chamada “Cool Britannia”.
Não queremos dizer ao Ministério da Educação — britânico, ou qualquer outro — qual é a visão “correcta” sobre Churchill. Queremos apenas o muito britânico e churchilliano “right to be left alone”. É por isso que a International Churchill Society/Churchill Centre do Reino Unido, da Austrália, do Canadá, dos EUA, da Islândia, de Israel, de Portugal e da Nova Zelândia não recebem um único subsídio do Estado.
Nós somos Churchillianos. E, por isso, somos livres.



O Brasil regressou à realidade. Que não é muito simpática

O que Lula fez foi imenso. O que falta fazer também é. Para que não se perca o que já se fez.
1.Como acontece nas democracias, o dramatismo da campanha eleitoral vai desaparecendo, a vida volta ao normal, a política segue muitas vezes por linhas tortas nos bastidores. A vitória de Dilma foi curta. O tom que ela adoptou foi de conciliação e de diálogo, embora não sejam características que definam a sua natureza.
 A sua margem de manobra é estreita, não tanto pelos 51 milhões que votaram no seu principal rival, mas pela sua relativa fraqueza face a Lula da Silva e face ao próprio PT. Tem de contar também com um Congresso onde o PT perdeu 18 lugares, embora ainda seja o maior partido, mas sobretudo com um PMDB, o seu principal aliado, que não gostou de ver algumas faltas de solidariedade nas escolhas de governadores. A luta pela liderança da Câmara e do Senado já começou, com o PMDB a fazer valer a sua importância. Dilma terá ainda de contar com vários pequenos e médios partidos que constituem a sua base no Congresso e que, como de costume, querem cobrar em ministérios (são 39 para satisfazer toda a gente) o seu apoio à Presidente.

Na quinta-feira, para demonstrar que as coisas não serão fáceis, a Câmara de Deputados rejeitou um decreto que a Presidente tinha enviado, no qual se defendia a ideia um tanto ou quanto peregrina da criação de “conselhos populares” para envolver mais os cidadãos na política.
No seu discurso de vitória, a Presidente elegeu a reforma do sistema político como a prioridade do seu governo, afastando a atenção da economia que é o seu maior problema. Há anos que se arrastam no Congresso propostas para essa grande reforma que ninguém contesta ser necessária (28 partidos são manifestamente um mau sinal). Face ao bloqueio, outra das suas ideias para levar este objectivo adiante é a realização de um plebiscito que consulte o povo sobre o caminho a seguir, antes de o Congresso aprovar uma reforma, condicionando-a aos seus resultados. A lista de perguntas seria vasta e complexa. A ideia tem muito poucos adeptos. Os deputados dizem e com razão que primeiro é a vez deles e só depois as alterações constitucionais exigidas podem ser submetidas a referendo. A Presidente já veio dizer que não faz questão no plebiscito.
2.Mas a dificuldade maior de Dilma talvez seja o seu “padrinho político”, que ainda não lhe perdoou o facto de não o ter consultado para decidir candidatar-se ao segundo mandato. Lula toca na questão central: a economia que não cresce. Essa divergência incómoda concentra-se neste momento na escolha do ministro da Fazenda, lugar crucial para dar confiança aos agentes económicos e aos investidores, que de algum modo Dilma alienou – ao contrário de Lula que, quando chegou ao Planalto, em 2003, tratou de escolher um ministro da Fazenda altamente competente e moderado e um prestigiado para presidir ao Banco Central. Lula pôs a correr os seus nomes, de acordo com as notícias dos jornais, incluindo o do CEO do Bradesco, o maior banco privado do Brasil. Dilma sabe que a sua escolha será decisiva para restituir a confiança dos empresários e dos mercados para que invistam mais. Como diz Delfim Neto, um velho político prestigiado e sagaz, numa entrevista à Carta Capital (revista bastante pró-PT), se alguma coisa não for feita o Brasil corre o risco de perder o nível investimento das agências de rating e isso seria muito mau. Neto, que votou em Dilma, diz na mesma entrevista que a escolha é “crescer ou crescer”, para obviar a esse risco e para conseguir manter as políticas sociais que são o grande legado de Lula e da Presidente.
O problema é que Dilma passou a campanha a dizer que as suas opções económicas estavam certas, apostando no consumo interno, na intervenção da banca pública para sustentar o crédito e em menor exigência em relação à inflação a favor de um desemprego muito baixo. Culpou a economia internacional pelas suas dificuldades e criticou Aécio Neves por apostar na subida dos juros de referência. Está agora confrontada com a necessidade de contrariar, em parte, aquilo que defendeu na campanha. Ninguém estava à espera da decisão do Banco Central do Brasil de subir a taxa de juro de 11% para 11,25%, prometendo subir mais, dois dias depois das eleições, produzindo um efeito positivo nos mercados. A subida teve a aprovação de Dilma, porque ajuda a controlar a inflação que já está no tecto superior da margem de dois por cento acima ou abaixo dos 4,5% fixados pelo Governo. Mas também controla o crédito às famílias, pesando no mesmo sentido. O secretário do Orçamento também já veio dizer que o Governo enviará para o Congresso um “rectificativo” para rever as metas do superavit primário (1,9% do PIB) para um valor inferior e também para anunciar que são precisas mais medidas de controlo da despesa do Estado. São tudo surpresas pouco agradáveis mas que também indicam, dizem os analistas, que Dilma percebeu o que tem pela frente: pôr a economia a crescer. Em circunstâncias bem mais difíceis das que Lula usufruiu, com a entrada em cena da China e a sua sede insaciável de “commodities” que o Brasil produz em larguíssima escala. O abrandamento da própria economia chinesa mais o fraco crescimento mundial alteram drasticamente este factor de crescimento. Nos últimos anos, a indústria não se preparou para aumentar as exportações, contando com o mercado interno, que agora vai ter de esfriar um pouco. O preço do petróleo baixa e o investimento no pré-sal é colossal. A lista de dificuldades é numerosa. A margem de manobra política de Dilma mais estreita.
Mas os seus problemas não ficam por aqui. Alguma imprensa sugere que Lula já fez saber aos seus próximos que se quer candidatar de novo ao Planalto em 2018. Não há certezas, naturalmente. Se for para a frente com a ideia (muito pouco feliz) de voltar a concorrer ao Planalto (em vez de preservar o lugar na História que já conquistou), quererá ter uma palavra nos quatro anos do segundo mandato de Dilma.
3.Na noite eleitoral, Aécio Neves saudou S. Paulo e agradeceu-lhe a esmagadora vitória que lhe concedeu. Lula investiu fortemente no Estado que é também o seu, durante toda a campanha. Não conseguiu melhor do que 35%. Alguns comentadores mais radicais chegaram a argumentar que, sem contar com S. Paulo, a diferença entre os dois candidatos seria muito maior. O problema é que não se pode apagar do mapa um Estado com mais de 40 milhões de habitantes, que produz quase um terço da riqueza do país e que é a sua poderosa base industrial. Aécio chamou-lhe muralha contra o PT. A questão está em saber se o Governador do Estado, Geraldo Alckmin (do PSDB), candidato derrotado por Lula em 2006 (por uma grande diferença) e José Serra, o senador que se candidatou em 2002 e em 2010 com resultados muito pouco significativos, deixam o espaço aberto a Aécio, que é mineiro mas que esteve quase lá. Muita gente diz que afastar Aécio em 2018 não será possível. Sobretudo se o senador de Belo Horizonte fizer aquilo que promete, ou seja, liderar a oposição ao Governo no Congresso. Geraldo Alckmin e José Serra nunca fizeram uma oposição forte a Lula, e sobretudo, nunca reivindicaram a herança de FHC, que governou o Brasil em tempos de vacas magras e que o PT tratou de denegrir todos os dias desde que chegou ao Planalto, para fazer esquecer aquilo em que foi crucial para o país. Aécio fez o contrário.  
Acompanhar a campanha eleitoral sem ter um conhecimento suficiente da história brasileira do período da redemocratização levaria qualquer um a considerar que FHC era o culpado de tudo, incluindo dos buracos na sua rua. Salvaguardando as devidas distâncias (FHC foi considerado um dos maiores sociólogos do século XX e o responsável pelo Plano Real que tirou o Brasil do atoleiro económico em que se encontrava), o anterior Presidente funciona como uma espécie de Sócrates: quando há qualquer problema a culpa é dele. O PSDB tentou descolar-se do seu legado. Aécio restabeleceu a realidade dos factos, lembrando que FHC foi crucial para devolver ao Brasil a credibilidade internacional. Teve de enfrentar a crise financeira que começou na Ásia, em 1997, contaminou a Rússia e se abateu sobre a América Latina, incluindo o Brasil. Conseguiu reduzir uma dívida colossal. Criou as condições para que Lula chegasse ao Planalto com um país economicamente estabilizado. Lula teve a inteligência de preservar o seu legado. FHC também regressou à ribalta nestas eleições.
Mas o maior desafio do PSDB também não é fácil: precisa de convencer os brasileiros que não é o partido dos ricos e dos quase ricos, numa sociedade que, apesar da Bolsa Família, da Minha Casa Minha Vida, ainda é profundamente desigual. Como dizia FHC, “O Brasil não é um país pobre, é um país injusto”. O que Lula fez foi imenso. O que falta fazer também é. Para que não se perca o que já se fez.


As libélulas e o estado da Nação

Passei a semana a ver com tristeza como está o meu muito amado país. Tudo a cair aos bocados na apatia e indiferença geral.

– Houve uma invasão de libélulas.
– O quê?
– Uma invasão de libélulas na zona ribeirinha de Lisboa.
– E depois?
– Ao menos isso.
– A invasão de libélulas?
– Sim. Os bichos são inofensivos, simpáticos, parecem helicópteros.
– …
– Aparecem nas gravuras japonesas, nos haikais, em Vítor Hugo…
– …
– “Um pimentão, dai-lhe umas asas, uma libélula vermelha!
– O que é que te deu?
– Bashô.
– Eu sei. O que é que te deu? Picaram-te?
– As libélulas não picam ninguém. São almas.
– O quê?
– Les âmes, libellules de l'ombre...
– O quê?
– Victor Hugo. Um amador de libélulas. E há Tennyson…
– Mas isso é para as dragonflies…
– A living flash of light. E depois há as libelinhas, as libélulas em versão namorados.
– Onde é que tu já vais!
– Ainda nem sequer parti.
– Mas o que é que têm as libélulas?
– Bons olhos. Precisamos de bons olhos.
– Não me parece que sejam os olhos das libélulas que te interessam.
– Porque é que tu achas que vêm para cá?
– Porque isto parece um charco.
– Enlouqueceste.
– Sim. Passei a semana a ver os nossos governantes vestidos com a farda da Mota Engil; passei a semana a aturar o Portas a saracotear-se no México com uma corte de jornalistas com a viagem paga para lhe darem espaço televisivo todos os dias, primeiro ia almoçar com o Carlos Slim (soam as trombetas), depois o Slim não apareceu (flautim); passei a semana a ouvir o ministro da Economia a elogiar uma subida de Portugal num ranking em que afinal desceu; passei a semana a ouvir mentiras sobre o Orçamento do Estado, a ouvir mentiras sobre o BES, a ouvir mentiras sobre as previsões económicas, tão ficcionais como a fada dos dentinhos; passei a semana a ouvir o primeiro-ministro a ler um discurso escrito que negou logo a seguir quando passou à oralidade, como se fosse a coisa mais natural do mundo dizer coisas diferentes com intervalo de minutos, ainda por cima sobre o bolso de centenas de milhares de pessoas (quem é que liga a isso?); passei a semana a ver um enorme vazio onde devia estar a oposição, com António Costa a comportar-se como primeiro-ministro putativo, em vez de assumir o papel de líder da oposição que é o dele até ganhar eleições; passei a semana a assistir àquela cena patética, de verdadeiros “amarelos”, na UGT, a dar legitimidade ao Governo que mais combateu o mundo do trabalho, com Passos Coelho a fustigar os trabalhadores num cenário “sindical”; passei a semana a ver imagens de Nuno Crato passeado pela UGT a bater palmas como se o masoquismo na moda fosse engolir alegremente uma manifesta provocação; passei a semana a ler jornalistas preguiçosos a repetirem os argumentos do poder sobre como foi bom o negócio do Novo Banco, passando do tudo ao nada no BESA, de como não é importante o chumbo do BCP nos testes destress, como está sempre tudo bem quando os interlocutores são os que importam, os do clã, os que estão no “lugar certo” de Portugal, empresas, bancos, gestores, povo da economia “empreendedora”; passei a semana a ver sempre proteger os que mandam, Passos, Maria Luís, Carlos Costa, Stock da Cunha, e a considerar que tudo o que eles fazem é o “menos mau”, o “que podia ser feito”, uma “boa solução num contexto difícil”, etc., etc.; passei a semana a ver comparar realidades más com previsões boas, como se fossem a mesma coisa; passei a semana a ouvir silêncios, sobre as últimas estatísticas da pobreza, das penhoras, das dificuldades económicas, aquilo que não interessa ao “Portugal positivo”; passei a semana a ver apontar uns putativos culpados pela “sabotagem” do Citius, quando durante meses ouvimos técnicos sobre técnicos, distintos professores (será que Tribolet também faz parte da conspiração sabotadora?) a dizer que aquilo era desastre certo; passei a semana ver imagens de cãezinhos de Pavlov a abrir os dentes ao som de “Sócrates”, como se o homem ainda estivesse no poder, para esquecer que de 2011 a 2014 foram outros que aprofundaram as desgraças que ele deixou, numa indigência política assustadora do que vai ser o ano de 2015; passei uma semana a ouvir tudo o que era gente séria a contar como está a ser cheio o Estado, as fundações ligadas ao Governo, as empresas, tudo quanto é lugar seguro e bem pago e com poder, de “amigos do ajustamento”, da turma da “justiça geracional”, sem parangonas, sem publicidade, agora cada vez mais depressa, porque se aproximam tempos difíceis e o PS vai querer o seu quinhão; passei a semana a ler histórias muito silenciadas sobre milhares de euros que foram para empresas de comunicação, quase sempre as mesmas, as que trabalham para o Governo, para as empresas do PSI-20, para as autarquias cujos presidentes eram ou são os principais controladores dos aparelhos partidários, do PSD em particular; passei a semana a ouvir dizer que os aviões russos “invadiram o nosso espaço aéreo”, “passaram junto ao nosso espaço aéreo”, “passaram no espaço controlado por Portugal”, “entraram no espaço europeu” (a Rússia é uma nação europeia…), e a ouvir o ministro que mais ajudou a destruir as nossas forças armadas agarrado à oportunidade de dizer que “operacionalmente” estava tudo bem, quando se percebe nas entrelinhas que está menos bem do que parece (quantos F-16 estão canibalizados para dar as peças aos que voam, qual a autonomia real dos que voaram?).
Passei a semana a ver com tristeza como está o meu muito amado país. Tudo a cair aos bocados na apatia e indiferença geral.
Chega. Passei-me. Vivam as libélulas!

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