escrevo-te...
... nem sei porque te escrevo
escrevo-te sem guião,
meras palavras que entenderás ou que talvez
flutuem perdidas numa folha de papel amarfanhada
meras palavras que entenderás ou que talvez
flutuem perdidas numa folha de papel amarfanhada
escrevo-te sem intenção que não seja
a de escrever
o que talvez nunca crescesse num jardim abandonado
a de escrever
o que talvez nunca crescesse num jardim abandonado
escrevo-te a flor, o amanhecer, a tristeza e a dor,
o encontrar e o perder
escrevo-te a vida, a tua e a minha, escrevo-te os dias
e as noites sem fim
o encontrar e o perder
escrevo-te a vida, a tua e a minha, escrevo-te os dias
e as noites sem fim
escrevo-te... nem sei porque te escrevo...
no silêncio de uma lágrima escrevo-te
as rugas da minha alma
e as sombras que me vestem o tempo
as rugas da minha alma
e as sombras que me vestem o tempo
in INVENTEI-TE AS MANHÃS (Chiado Ed., 2013)
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