no quarto vazio
os lençóis amarfanhados ainda respiram o teu odor,
ainda vestem o calor do teu corpo já ausente
mas ainda presente
na retina das horas que se encheram com a nossa entrega
o fumo do cigarro confunde-se com a leve neblina que arranha a janela
em tentativa de mescla irrisória e desinteressante
em tentativa de mescla irrisória e desinteressante
indago-me
se nas horas distantes que antecipo sem certezas
haverá novamente lençóis amarfanhados em batalhas de pele e bocas...
indago-me, porque te sei casual e inconstante
porque te dás e te retiras,
em incertezas germinas o teu estar
se nas horas distantes que antecipo sem certezas
haverá novamente lençóis amarfanhados em batalhas de pele e bocas...
indago-me, porque te sei casual e inconstante
porque te dás e te retiras,
em incertezas germinas o teu estar
o pensamento acompanha o queimar do cigarro
misturam-se e desvanecem-se em fumo ténue...
misturam-se e desvanecem-se em fumo ténue...
no quarto vazio
os lençóis amarfanhados já esfriaram
e as memórias de uma incontrolável noite quente
esgotaram-se na ausência de certezas...
os lençóis amarfanhados já esfriaram
e as memórias de uma incontrolável noite quente
esgotaram-se na ausência de certezas...
23/03/2013
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