segunda-feira, 14 de julho de 2014

Memória da vertigem da seiva | João Carlos Esteves




não me acompanham as vozes das árvores
nem me refrescam os sons dos ribeiros
enquanto permaneces nesse lençol de silêncio
e relegas o voo das aves
para destinos incógnitos
assombram-me imagens
de margens difusas e olhares impossíveis
a vertigem da seiva secou
e o solo onde as palavras repousam
abriu-se
em fendas profundas

  in “Ausência de Margens” (a publicar)
14/07/2014

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