sábado, 7 de junho de 2014
Vertigem | Vulcão | Maria Teresa Horta
VERTIGEM
Quando sob o meu
está o teu corpo
e eu nado dentro
do desejo e enlaço
os teus ombros as ancas
e o dorso
enquanto o espasmo se faz
num outro abraço
Desprendo a boca
depois
no grito solto
mordo-te os pulsos
ambos
no orgasmo
Volto ao de cima
da água
do meu gosto
Bebo-te a vertigem
e em seguida o hálito
("Só de Amor")
VULCÃO
Toca o cimo do vulcão
e torna-o brasa
Queima tudo em torno
à minha roda
Torna mais fogo
o fogo
em minhas veias
No vício
no vacilo
nas ameias
onde a saliva surge e já se rasga
Torna mais lume
o lume no gemido
Mais veludo a voz
mais denso o cortinado
pois vai coando o sol que despido
se enovela
novelo
à minha ilharga
("Só de Amor")
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