quarta-feira, 30 de abril de 2014
Fazer o poema | Versos | Maria Teresa Horta
FAZER O POEMA
Desafio a poesia
no baraço
do peito
Na curva da cintura
em fogo-fátuo
Pois na cama
é poema e é papel
Para logo ser
gemido
corpo e queira
Chegar na palavra
e naquilo que rasgo
Verso a verso no topo
do orgasmo
(in "Destino")
VERSOS
Incontáveis as armadilhas
as grutas os becos
os desvios do poema
De que a tinta aprisiona
a forma no papel
táctil e ardente
Caligrafia cruel aquela
onde os versos galgam
a volúpia do corpo
E a urdidura da alma
Obsessiva memória
que o tempo despreza
e a mão não acalma
(in "Inquietude")
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