terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Os seios das raparigas | Maria do Rosário Pedreira



Os seios das raparigas tremem um resto
de frio nos decotes — e os seus vestidos
têm agora saias mais curtas. Os rapazes
encostam-se à pele dos muros e escrevem
vergonhas. Ai, quem me dera ter outra


vez a idade deles para não saber que a
morte nunca desiste de chamar pelo amor
.




 in POESIA REUNIDA-A Ideia do Fim (Quetzal, 2012)

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