domingo, 1 de dezembro de 2013

Leituras

Aprender com a História

O fim de um colaboracionista

Miguel de Vasconcelos desempenhava, de facto, as funções de primeiro-ministro. No dia 1 de Dezembro, quando os conjurados penetraram no palácio real de Lisboa, o colaboracionista escondeu-se num armário. Descoberto, foi morto e atirado por uma janela para o Terreiro do Paço.

Margarida de Sabóia, duquesa de Mântua, era neta de Filipe IV de Espanha e fora nomeada vice-rainha de Portugal em 1634. Após a morte de Miguel de Vasconcelos, a duquesa de Mântua ainda tentou assomar à janela do Paço para apelar ao apoio do povo, tendo-lhe então sido dito por Carlos de Noronha, um dos líderes dos conjurados: — Se Vossa Alteza não quiser sair por aquela porta, terá que sair pela janela...

Também nessa época se dizia que não havia alternativa, que aquele caminho de submissão aos interesses estrangeiros era o único possível. O 1.º de Dezembro de 1640 provou que não há inevitabilidades. Não é certamente por acaso que um dos feriados eliminados por este governo é o da Restauração da Independência. 

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