Demoramos depois
de cada passo
cada palavra que temos
... na garganta
Cada cidade
ou mesmo cada lágrima
Demoramos depois
de cada largo
um só jardim nos olhos
que não espanta
E um candeeiro calado
em cada canto?
E o vento selado
sobre os ombros?
Como a saudade marcada na garganta
e os dedos fincados sobre o sono
E cada hora
em cada passo dado?
E todo o medo transformado em raiva
e toda a dor
nos olhos só em água?
Não não é apenas
aquilo que pensamos
que nos devora
enquanto demoramos
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