domingo, 3 de março de 2013

Meu amor, meu amor




Meu amor, meu amor

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

           José Carlos Ary dos Santos

1 comentário:

  1. este mar não tem cura este céu não tem ar
    nós parámos o vento não sabemos nadar
    e morremos morremos
    devagar devagar.

    Triste...triste....

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