quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

‎4ª) Carta a um amor ausente.


 Meu amor, ando a revolver os papéis antigos: os que guardei para te reencontrar no futuro. E cada papelinho, com desenhos e frases, parecem-me, hoje, fantasmas de um universo onde, outrora, faziam todo o sentido. Esses papéis estão envoltos no teu perfume, são, ainda, um museu de emoções, onde me perco e renasço. Quando nos apaixonamos, há palavras que não estão à distância de uma mão, por isso, o mundo tem o brilho de uma esperança onde a eternidade escolhe as que iluminavam os corpos.

António Vilhena
 

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