domingo, 9 de dezembro de 2012

Quase verão \ Leila Krüger


Há uma chuva negra e macia na vidraça.
Quase cinza, um tanto fraca... me acaricia.

Pingos me olham – esperando o chão cegar.

Chegar!

E o desespero do que chove no mesmo lugar. E a nuvem que se move...

sobre as palavras... que eu não te dei. Negra na janela, esperando o chão.
Sou eu quem chove – antes do verão...

Sou eu quem grita! – Ao perder teu rosto de areia, entre minhas mãos...

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