quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Não digam que não foram avisados, digam que têm o que pediram

 
Valupi | Blog Aspirina B
 
 
 
 

 «Um dos efeitos da crise global, que acabou por condicionar todo este ano de 2010, foi a séria crise de confiança que se abateu nos mercados financeiros sobre as dívidas soberanas dos países do Euro. Esta situação, sem precedentes na União Europeia, levou à subida injustificada dos juros, e afectou todas as economias europeias. Basta, aliás, ver o que passa lá fora para se compreender a dimensão europeia desta crise que a todos afecta embora a alguns países de forma mais intensa.



A verdade é que todos os governos europeus tiveram este ano de fazer ajustamentos nas suas estratégias e tiveram de adoptar medidas difíceis e exigentes, de modo a antecipar a redução dos seus défices como forma de contribuir para a recuperação da confiança nos mercados financeiros.
O Governo português tomou as medidas necessárias para enfrentar esta situação. Com confiança, com sentido de responsabilidade e com determinação. Definiu metas ambiciosas para 2010 e 2011 que vamos cumprir. O que está em causa é da maior importância. O que está em causa é o financiamento da nossa economia, a protecção do emprego, a credibilidade do Estado português e o próprio modelo social em que queremos viver. »

Sócrates, Natal de 2010
*

 
Em 2010, com um Governo minoritário por escolha da oposição e do Presidente da República, o primeiro-ministro ao tempo apresentava um diagnóstico da situação que foi apropriado pelo actual Governo logo após a tomada de posse. Igualmente anunciava que estava disposto, apesar da fragilidade política do seu Executivo, a tomar as medidas de ajustamento que se impunham pelo contexto. E deixava claro que o Estado social ficaria ameaçado caso o País não se unisse na sua defesa. O tal país, 3 meses depois, fez exactamente o contrário e entregou-se nas mãos daqueles que, à mistura com as maiores mentiras alguma vez ditas em campanhas eleitorais, já tinham deixado todos os sinais de se quererem vingar do 25 de Abril.
Como é que foi possível premiar com o poder tamanha violência e incompetência do casal Passos-Relvas? Como é que PCP e BE puderam alinhar com tal plano? Como é que os social-democratas e democratas-cristãos que existam em Portugal se deixaram ficar num silêncio cúmplice?
A miséria maior em Portugal é a da inteligência.
 
 

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