
Partes mortas dançam
onde descansam os dedos do homem frágil.
Morrem mais as desesperanças e
se, não há fim, há sempre começo.
É preciso que haja vida, pois a morte é precisa
e antes que ele diga do excesso, surgirá
no calor o contorno lírico dos lábios e haverá
sorrisos,
na despedida das coisas perdidas, brincando
esse amor como coisa desmedida.
Esculpida de flores foi ganhando forma
de uma música infinita extraída do muro,
que girava em torno do menino
que tocava um violão sem cordas,
desacreditando no destino.
Shala Andirá (Niterói, Rio de Janeiro, 19 de março de 1974) - Publicou seu primeiro livro 'A Menina José' em 2010 pela Editora Ibis Libris. Faz parte, desde 2009, do coletivo Organismo (www.organismo9.com), que faz performances usando a palavra e o som. Shala se apresenta constantemente em eventos de poesia no Rio de Janeiro, como o CEP 20000.
:::Corujão da Poesia\Blog do Noblat
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