Vega9000. Blog Aspirina B.
Ninguém, fora do aparelho, sabe o que este homem defende. Ninguém, fora do aparelho, sabe quais são as suas posições, as suas convicções, qual o rumo que quer para o partido, muito menos para o país. Ninguém, fora do aparelho, o viu combater por qualquer coisa que seja, defender o que quer que seja, revoltar-se pelo que quer que seja. Da sua boca, apenas banalidades tiradas da “Enciclopédia das generalidades em política”, estudadas ao milímetro para não provocar polémica e não o comprometer. Todas as críticas para os adversários internos são indirectas, entendidos, meias-palavras, frases assassinas no sentido da morte pelo tédio, ditas apenas nas alturas convenientes. Todas as críticas para os adversários externos são suaves, “responsáveis”, politicamente correctas, submissas para não ofender e não “crispar”, podemos ser todos amigos não é, claro que aplaudo de pé, Sr. Presidente, olha o “respeito institucional”. Comparado com ele, o Jaime Gama parece o Hugo Chavez. Este homem é a encarnação da abominável expressão “fulano esteve menos feliz”. Não tem chama, não provoca qualquer tipo de entusiasmo, não ofende, não ameaça, não nada. É o politico genérico, marca branca. Para efeitos práticos, não existe. O anti-Sócrates de tal maneira perfeito, que o único motivo pelo qual não se aniquilaram num flash de luz é porque um deles é constituído exclusivamente de neutrões. Este homem, a ser eleito, completará o círculo de uma maneira que nem Sá Carneiro sonhava: Uma maioria, um governo, um presidente, uma oposição. Mas se calhar é bom. Depois de seis anos de governo duríssimo, e estando o futuro do país fora das nossas mãos, o PS está a precisar de uma cura de sono. E o barulho, realmente, incomoda.
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