domingo, 14 de novembro de 2010

Meio-dia - Sophia de Mello Breyner Andresen


Meio-dia. Um canto da praia sem ninguém.
O sol no alto, fundo, enorme, aberto,
Tornou o céu de todo os deus deserto.
A luz cai implacável como um castigo.

Não há fantasmas nem almas,
E o mar imenso solitário e antigo,
Parece bater palmas.

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