domingo, 31 de outubro de 2010

Um último jantar - Pedro Rocha



E essa extraordinária
falta guarda tua
ausência

e essa essência sem
charme estranhamente
ganha minha gente

seu suco
respira minha guelra
agarra desesperada
alga lânguida do fundo

no fim
faria afagos
no afastamento

aparto nesse
apartamento
o corpo em pé
partido

seu olhar
pedra de moinho
mantém um soco doce

dorme
o tumulto dentro
do dia marcando o
mar motivo do olho

em leito livre
acolho outro agora
fera de aquário cabe
em convívio ríspido

quase come comigo
em paz faz meu erro
gorjeio quando ama
o silêncio

a fome fica
antes para
depois

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